sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Capítulo 3 - L&R Ø




"Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria." - Martha Medeiros


Miley piscava os olhos, acordando aos poucos, olhou no relógio, 05:45 da manhã. Adormeceu no colo da sua mãe, e acabou dormindo pelo resto da noite no sofá, porque mamãe não chamou para ela deitar na cama? Não sabia. Foi m direção ao quarto da mãe, que estava com a porta aberta apenas uma frestinha. Empurrou a porta colocando só a cabeça para dentro do quarto, viu sua mãe roncando suavemente, sorriu e voltou para a cozinha, preparou o café.

- Acordou cedo filha... - Miley pulou de susto.
- Mãe! Que susto, poderia não vir tão silenciosamente para não me assustar da próxima vez?
- Claro, não tive a intenção.
- Ah, porque não me acordou para eu subir e ir dormir na cama?
- Quem disse que eu não tentei? Você estava dormindo feito uma pedra, te chamei, te sacudi, cheguei até a te dar uma almofadada no rosto!
- Sério que fez isso mãe?
- Não, ML, eu não fiz isso, estou brincando com você, não sou malvada à esse ponto.
- RUN, mas era cedo quando adormeci, não acredito que dormi tanto assim, nunca fui disso.
- Você anda dormindo bastante de uns tempos pra cá, não sei oque você tem. - depois que disse isso ela riu.

A risada da mamãe era bonita, daquelas contagiantes que te da vontade de rir junto, Miley riu junto com ela. E lembrou-se de seu pai.
Quando seu pai, Brandon Bean,  foi embora daqui, voltando para o Brasil e quase esquecendo totalmente delas, ela viveu a época mais feliz que se lembrava, os três faziam programas maravilhosos junto, as vezes viajavam para pescar, iam nos parques de diversões, ela querendo ir em todos os brinquedos e sua mãe sendo cautelosa e não deixava ela ir nos que apresentavam muitos perigos. "Anastacia, deixa a menina se divertir, não acontecerá nada de ruim pra ela, pode apostar. E a gente ta aqui, deixe ela ir nos brinquedos que quiser", e assim seu pai convencia mamãe a deixar ir se aventurar, por mais que ela tivesse medo, ela queria experimentar o brinquedo e se divertir...

Seu pai também costumava a ensina-lá à jogar pôquer, assim ela aprendeu a fingir e a mentir muito bem, ela não ensinava só o pôquer, vários outros jogos, pois ele adorava isso, certa vez contará que já fora um viciando nesses tipos de jogos.
Ensinava todos os truques para Miley. Bom tempos eram aqueles em que eles faziam tudo isso mas aí tudo se dissolveu rapidamente e...

- Miley!
- Ahn? O que foi mãe?
- Em que mundo você estava ??
- Nenhum, só estava pensando em outras coisas...
- E eu falando que nem uma tagarela, pensando que você 'estava' me ouvindo, aí de repente me deparo com você olhando simplismente para o nada, em um devaneio longo,
- Ai mãe! Não foi assim tão exagerado com acabará de descrever... no seu ponto de vista - ela suspirou - estava lembrando do papai.
- Sente saudades dele não é mesmo?
- Em partes...
- Acho que um dia você ainda vai passar um tempo morando com ele.
- Não mãe, claro que não! Primeiro que eu nunca, mas nunca deixaria você sozinha, e segundo, não ia morar com alguém que só me traz irritação, não mesmo, isso tá fora de cogitação.

A mãe riu.

- Talvez, um dia, você mude esse pensamento querida.
- Talvez mãe, talvez....

[...]

Ela estava com Nicoli, na aula de literatura, as duas estavam sem interesse nenhum, Miley havia notado que um grupinho lá no fundinho da sala estavam encarando as duas ali na mesa onde estavam sentadas, ela só não sabia se era pra ela ou pra Nicoli, talvez para as duas, isso já estava incomodando-a, mas ela não iria encarar de volta, vai que acham ruim.

No refeitório, as duas se sentaram na mesma mesa de ontem, pelo jeito tinha uma mesa pra cada grupo, porque estava totalmente igual o refeitório.

Miley direcionou o olhar para o grupo que ontem viu "zuando" outras pessoas, aqueles mesmos garotos que tinham algumas líderes de torcida (pelo menos Miley achava que era isso) por perto, reconheceu eles quase que imediatamente, eram eles que ficaram encarando ela e Nicoli na aula de Literatura.

- Quem são eles?- perguntou para Nicoli, direcionando seu olhar para o grupo.
- Ah, são alguns dos populares da escola, metidos, só sabem debochar da cara dos outros, são irritantes, como a maioria dos populares.
- Hum, entendo, mas como se chamam?
- Bem, aquele com o boné vermelho, ele é o Justin, aquela ao lado dele é a Rachel, eles vivem se pegando por ai, não sei se estão namorando ou não, eles reatam e o namoro e depois terminam, reatam e terminam, reatam e terminam, e mesmo que não estejam namorando, eles ficam grudados um no outro, ás vezes Justin fica com meninas na frente de Rachel, mas ela parece não se importar, todas as meninas daqui, as que eu conheço pelo menos, mas todas tem uma queda por o Bieber, Justin Bieber. Eu confesso que já tive também, mas agora todos eles me enojam, chegam a ser enjoativos. Emfim, continuando... O de cabelo loiro é o Liam, paga pau do Justin, sempre ta com ele em tudo que é lugar, e o outro o com cabelos mais preto é o Robert, é amigo do Justin também, mas não segue o ele aonde ele vai, é mais na dele...

Nicoli fez uma pausa e tomou um gole do suco dela.

- As outras três meninas que estão com eles, além de Rachel, são amigas dela, Mikaela, Dianna e Avril.
São irritantes. Não gosto nem um pouco delas, te olham com cara feia, sempre agem como se fossem superiores que os demais. Acho que é isso. Mas porque a pergunta?
- Hã... nada. Só curiosidade.

Ela não queria falar o porque que perguntara aquilo, que aquele grupo estava encarando elas na sala de aula. Vai que era coisa de sua cabeça? Bem provável.

[...]

- Bom, então eu te vejo amanhã Miley. - disse Nicoli, indo na direção do carro da mãe dela - Ah, quer uma carona pra sua casa?
- Não, imagina, prefiro ir andando. Mas obrigada.
- O.k.

Depois disso Miley foi caminhando solitária até em casa.


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